terça-feira, 30 de julho de 2013

Repensando minha jornada

Após esse fim de semana prolongado de oração com o Papa Francisco, acho que eu e várias outras pessoas paramos pra pensar que lugar a religião ocupa verdadeiramente em nossas vidas.
A presença de um Papa carismático sempre toca e emociona quem foi criado dentro da doutrina da Igreja Católica mesmo que não praticante. Foi assim com João Paulo II! Bastou tê-lo visto no Papamóvel e na sacada no Vaticano para encher os olhos d'água. Isso não é uma novidade...
Desta vez, tive a sorte de ter o palco da JMJ em frente a minha casa. Sorte porque se não fosse assim, eu não teria participado deste momento. Confesso que até pensei em fugir para a serra com medo do barulho mas como minha vozinha estava tão empolgada, decidi ficar todos os dias com ela.
Ao ver uma quantidade tão grande de pessoas empenhadas em divulgar e respeitar a palavra do Senhor e um Papa com tanto amor, seriedade e humildade, disposto finalmente a plantar boas sementes de renovação nesta Igreja, me fiz uma pergunta "E eu, o que posso fazer também? O que posso fazer para mudar essa prática de religião de buffet onde pegamos da religião só o que queremos e gostamos? Como posso colaborar com o trabalho deste Papa?"
Ontem, ouvi que eu deveria agir através da minha profissão mantendo-me atenciosa, respeitando a dor do meu paciente e sendo verdadeira com ele. Mas isso já não faz parte da minha profissão? Não é um plus, é como já precisa ser.
Acho que o primeiro passo é colocar a fé e a religião como parte do meu dia a dia, elas devem fazer parte da minha agenda. 
Sim, isso se chama comprometimento!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Momento delicado na nossa Medicina

E aí, eu me pergunto: aonde chegaremos com tudo isso que está acontecendo??? 
Eu poderia e até deveria ter escrito linhas e linhas sobre todas essas manifestações que ocorreram e que agora já parecem estar finando. Mas decidi que não, não vou escrever porque este assunto já tem feito parte das nossas vidas, nossos bate-papos, nossas conversas nas mesas de jantares, no trabalho etc e tal.
Só não vou me furtar a falar sobre os médicos estrangeiros e tudo o que vem por trás e o que está por vir.
Além de um vestibular penoso, anos de estudo, os próximos vestibulandos acabaram de ser comunicados de que terão seu curso prolongado por mais dois anos, atrasando o início da sua especialização para receberem uma bolsa para trabalharem no SUS. Sim, porque este estágio significa serviço obrigatório prestado ao SUS e não, treinamento, porque já praticamos, durante os seis anos, emergência, atendimento a comunidades e não precisamos de mais dois anos para isso! A falta de médicos em determinadas regiões não é falta de conhecimento... 
Estudar Medicina agora também inclui prestar serviço ao SUS como um serviço militar? E pior, um serviço de dois anos.
E a validação dos diplomas destes médicos estrangeiros? Não precisa?! E a recíproca será verdadeira para os brasileiros que quiserem ir para os países de origem desses médicos? Também nem sei se valeria a pena. De onde eles virão? 
E os R$10.000,00 serão a duras penas, sem nenhuma garantia? Qual o tipo de moradia e as condições de trabalho? 
São muitas perguntas!
Mas a certeza é uma só: o governo quer jogar uma cortina de fumaça nos olhos da população para se furtar da sua responsabilidade. É preciso investir, é preciso valorizar, é preciso desestimular o uso inadequado do dinheiro público, é preciso fiscalizar a atuação dos profissionais ligados ao SUS.
O momento requer cuidado!