E aí, eu me pergunto: aonde chegaremos com tudo isso que está acontecendo???
Eu poderia e até deveria ter escrito linhas e linhas sobre todas essas manifestações que ocorreram e que agora já parecem estar finando. Mas decidi que não, não vou escrever porque este assunto já tem feito parte das nossas vidas, nossos bate-papos, nossas conversas nas mesas de jantares, no trabalho etc e tal.
Só não vou me furtar a falar sobre os médicos estrangeiros e tudo o que vem por trás e o que está por vir.
Além de um vestibular penoso, anos de estudo, os próximos vestibulandos acabaram de ser comunicados de que terão seu curso prolongado por mais dois anos, atrasando o início da sua especialização para receberem uma bolsa para trabalharem no SUS. Sim, porque este estágio significa serviço obrigatório prestado ao SUS e não, treinamento, porque já praticamos, durante os seis anos, emergência, atendimento a comunidades e não precisamos de mais dois anos para isso! A falta de médicos em determinadas regiões não é falta de conhecimento...
Estudar Medicina agora também inclui prestar serviço ao SUS como um serviço militar? E pior, um serviço de dois anos.
E a validação dos diplomas destes médicos estrangeiros? Não precisa?! E a recíproca será verdadeira para os brasileiros que quiserem ir para os países de origem desses médicos? Também nem sei se valeria a pena. De onde eles virão?
E os R$10.000,00 serão a duras penas, sem nenhuma garantia? Qual o tipo de moradia e as condições de trabalho?
São muitas perguntas!
Mas a certeza é uma só: o governo quer jogar uma cortina de fumaça nos olhos da população para se furtar da sua responsabilidade. É preciso investir, é preciso valorizar, é preciso desestimular o uso inadequado do dinheiro público, é preciso fiscalizar a atuação dos profissionais ligados ao SUS.
O momento requer cuidado!
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