O Contraponto
“As escolhas na vida de uma mulher”
Durante um
vôo internacional de 12horas, havia um bebê na classe econômica com sua babá. E
aonde estavam os seus pais? Na classe executiva, só os dois, enquanto o seu
bebê passava doze horas de vôo com outra pessoa. Isso é real e, cada vez mais,
muitas mães têm terceirizado sua função materna sem culpa alguma.
No
entanto, isso não significa que todas as mães que lançam mão da oportunidade de
ter uma babá para os seus filhos ou uma creche estejam confortáveis com essa
situação.
Não é de
hoje que uma mulher recebe apoio para conseguir cuidar de seus filhos. A diferença
é que há muito tempo, o homem era o único provedor, o único a trazer o dinheiro
para sua família. Enquanto isso, a mulher cuidava da sua casa e filhos, muitas
vezes com ajuda mas sempre ali junto. Isso não é novidade para ninguém!
Também acho
que não é novidade que a mulher de hoje não tem a mesma postura daquela mulher
de ontem. Isso não a faz nem melhor nem pior, só diferente.
A mulher
de hoje trabalha, é também a provedora de sua casa e ainda tem a função de ser
mãe. Aquela que a faz feliz mas que também a deixa culpada por não acompanhar o
seu filho de perto tanto quanto gostaria.
Não sou
mãe mas me sinto incomodada com aquelas mulheres que delegam a função de ser
mãe a outras mulheres sem querer abrir mão de nenhuma outra atividade em sua
vida. E me sinto solidária às mães que esforçam-se em criar seus filhos e
manter seu trabalho. Porque abdicar da profissão para acompanhar o filho “full-time”
até ele ter a idade correta para ir à escola é um privilégio para poucas. É
difícil abrir mão do salário, ficar fora do mercado... Neste caso, não se trata
de vaidade e nem negligência.
E para as
dondocas que acham que ter empregada doméstica e babá trabalhando em suas casas
não é apenas uma necessidade e sim, “status”, atenção: esta é uma classe trabalhadora
em extinção! Quanto mais uma sociedade evolui, mais a mão de obra torna-se
especializada e menos se quer trabalhar em casas de família.
Fui!
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