O Contraponto
“Casais”
Dá pra ser
politicamente correto ao acabar uma relação? E depois dela realmente acabada?
Com tantas
separações, venho me fazendo essas perguntas.
E me pergunto também se eu seria capaz de tamanho desprendimento.
Aí, nós vamos
dizer que depende de como o casal viveu, de como o relacionamento acabou e o
porquê.
Até onde o
bom relacionamento após o fim de um casamento pode durar? Será que não sucumbe
quando o outro encontra um relacionamento mais interessante ou quando a esperança
de uma reconciliação acaba? Ou pode perdurar independente disso?
Na maioria
das vezes, conhecemos só as histórias que não acabam bem. Os casais botam pra
quebrar, fazem questão até dos CDs e os menos afortunados brigam até pelo dinheiro
do Danoninho das crianças – artigos de primeira necessidade na vida de uma
pessoa, não é?! As mulheres punem os homens pelo bolso e os homens punem as
mulheres pelas bolsas – aquelas que elas não poderão mais comprar! Hum, que
retrocesso esse meu comentário.
Pois bem,
fiquei pensando em outros tipos de casais.
Tem o
outro tipo que briga um pouquinho no início mas depois se acerta e viram bons
amigos. Tão companheiros que podem voltar a fazer os programas em família que
faziam antes. Isso dá certo? Ou já é íntimo demais?
Mas eu
conheço um casal que separou-se, constituiu outras famílias e, assim, uma grande família. Um exemplo a ser
seguido! Mas atenção: o Ministério da Saúde do casal adverte – isso só é
possível se todos estiverem bem resolvidos e ao mesmo tempo.
Ah, eu
tenho um exemplo que eu garanto que é verídico. Um casal feliz, depois não
muito feliz, mas que soube sair antes do fim da festa. Na verdade, deram uma
festa – a de despedida, quando decidiram terminar e viveram muito felizes como
amigos e ex-casados. Isso é raríssimo, um verdadeiro contraponto!
Nossa separação foi suave, a festa de despedida foi raríssima e bela. Como poderia ser inimiga do meu melhor amigo, do homem a quem amei e vivi 18 anos. Quanto a situação financeira não houve problemas, pois o mais importante era a nossa amizade, mas "fomos generosos", fomos parceiros.
ResponderExcluirQuando nos despedimos no aeroporto de Zurique, ele me entregou para o meu atual marido, como um pai entrega sua única filha no altar dizendo: cuide bem dela e a faça feliz. Um beijo suave selou a nossa despedida.
Fizemos um pacto de nos rever ainda nesta vida, porém ele morreu primeiro, mas em sonho veio me ver e avisar da sua partida, foi uma experiência única e maravilhosa. Ele me deu a certeza de não ter medo.
Obrigada pelo seu contraponto, querida! Emocionada...
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